CONHECENDO OS AMINOÁCIDOS

 

Alanina, Arginina*, Asparagina, Ácido Aspártico, Carnitina, Cisteína, Cistina*, Glicina, Ácido Glutâmico, Glutamina, Histidina*, Isoleucina*, Leucina*, Lisina*, Metionina*, Prolina, OOOOO      Ornitina, Fenilalanina*, Treonina*, Taurina, Triptofano*, Tirosina* e Valina*. (Obs.: Taurina é essencial para felinos )

Cada um dos aminoácidos essenciais e não essenciais, são nutricionalmente independentes uns dos outros ( com excessão da Cistina e Tirosina, que podem ser formados respectivamente através da Metionina e Fenilalanina).

Fica desde já esclarecido que o fato de alguns aminoácidos receberem a classificação de não essenciais; não significa que não sejam importantes na dieta diária, pois a ausência de apenas um deles, mesmo que seja por pouco tempo, poderá afetar de modo diverso a síntese protéica, prejudicando destarte, o sensível equilíbrio que o organismo precisa para manter sua integridade.

Entendemos então que a ausência ou insuficiência de determinado aminoácido prejudicará a eficácia e função dos outros.

Observe na próxima página a tabela das necessidades diárias em cães:

 

 

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DIÁRIAS NO CÃO DE TAMANHO MÉDIO (Segundo National Research Concil - NRC) ElementosKg. de peso / dia ElementosKg. de peso / dia PROTÍDIOSIsoleucina71.0 mg(Proteínas) 4.500 mgLeucina 106.0 mg . LIPÍDIOSLisina88.0 mg(gorduras)mín. 1.500 mgFenilalanina51.0 mg GLICÍDIOSTirosina35.0 mg(açúcares)6.000 mgMetionina16.0 mgTreonina44.0 mgCALORIAS71.5 kcalTriptofano13.0 mgVITAMINASValina66.0 mgA100 UISAIS MINERAISB10.018 mgCálcio266.00 mgB20.040 mgFósforo222.00 mgB60.022 mgFerro1.33 mgB120.66 mcgCobre0.16 mgÁcido Fólico0.0045 mgCobalto0.05 mgÁcido Pantotênico0.051 mgSódio147.00 mgNiacina0.244 mgPotássio222.00 mgColina33.0 mgMagnésio11.00 mgBiotina(não há estudos)Manganês0.11 mgAMINOÁCIDOSZinco0.11 mgArginina48.0 mgYodo0.03 mgCistina33.0 mgCloreto de Histidina22.0 mgSódio378.00 mg

É evidente que esta é uma tabela de índices flexíveis, tendo em vista que estas necessidades mudam conforme cada fase da vida do cão.

 Por exemplo; um filhote de até 6 meses, não se mantém saudável com os listados 4.5 g. para cada quilo de peso ao dia, porque seu metabolismo exige 8.9 g., quase o dobro (Earl Mindell) e uma cadela em fase de amamentação pode requerer  até 13,5g/quilo,  que devem ser interpretados como parâmetros básicos das necessidades que muitas vezes expressam apenas o gasto energético mínimo dos processos autônomos do organismo, que são representados pelas reações endo e exotérmicas, isto é, de um animal em estado de pós absorção em repouso e em ambiente térmicamente neutro, que devem servir de parâmetro para cada caso.

 

________________________________________NÍVEIS IDEAIS DE PROTEÍNA

 

 

As rações comerciais, são formuladas partindo-se de cálculos energéticos e não protéicos.

As necessidades proteícas em rações comerciais baseiam-se apenas em um mínimo necessário como no caso de animais de produção, levando-se em conta os cálculos da tabela abaixo:

 

 Necessidades Proteícas  Alimento                Kcal EM/Kg = 3.820               PB = 25%   Energia Metabolizada de 1% de proteínas = 40 Kcal Proteína expressa em função do EM:  PB/EM = 25 x 40 / 3.820) x 100 = 26.2%

A tabela acima mostra que para cada 3.820 Kcal para Energia Metabolizável (EM) deve ter algo em torno de 25% de Proteína Bruta (PB) para atender as necessidades mínimas.

Convém lembrar que Proteína Bruta não se traduz por Proteína Digestível.

Acontece que nosso objetivo não deve se limitar  apenas ao de atender as exigências básicas do indivíduo, devemos ir além se quisermos assegurar uma boa saúde  visando sua longevidade .

Segundo as pesquisas concluídas em 1989 por KRONFELD, obtem-se melhores resultados em cães que foram alimentados com uma dieta entre 40 a 60% de proteína em seu arraçoamento diário.

Conforme gráfico abaixo abaixo:

 

  *1 -                     25 % de Proteína *2-       acima de 65 % de Proteína *3-           de 40 a 60% de Proteína

O grupo 3 recebeu em média 50% de proteína mostrando-se melhor em todos os aspectos ao contrário  do grupo 1 que recebeu apenas o necessário (25%) e o grupo 2 o qual recebeu proteína em excesso em média 70%.

Todavia, mesmo nos animais suplementados com excesso de proteína, verificou-se que  o cão parece tolerar bem teores elevados devido ao fato de ser um carnívoro. Ao que parece todo o excesso de proteína o aporte de Nitrogênio extra foi utilizado na produção de energia sem nenhuma consequência desagradável.

Concluíu-se que nos carnívoros há uma adaptação enzimática que permite uma utilização normal das proteínas no metabolismo energético. Notou-se que os aminoácidos oriundos da proteína em excesso são catabolizados no fígado e transformados após desaminação, em amônia e glicose. A Amônia é transformada em uréia pelo Fígado (ciclo da detoxicação da Amônia ou da Arginina), sendo a seguir veiculada pelo sangue e eliminada passivamente pelos rins. Já a glicose é usada diretamente no metabolismo energético.

Já em 1979 Bovee e Kronfeld concluíram que o aumento proteíco no arraçoamento diário  proporcionava uma resposta imunológica maior à uma infecção experimental.

Em trabalhos realizados por Burns desde 1982 ficou claro que dietas com teores crescentes de proteína fazem o ganho de peso se estabilizar, porém mantém crescente a retenção de Nitrogênio promovendo o anabolismo e fazendo com que o organismo animal continue a tirar proveito de níveis proteícos superiores.

Outros trabalhos como o de Paquin (1979) confirmou que o aumento do Balanço de Nitrogênio  é alcançado com dietas de aporte proteíco na ordem de até 49% da EM.

O NRC e suas recomendações proteícas permitem apenas o crescimento ou a manutenção em condições experimentais a um custo mínimo, porém este não é o nosso objetivo, haja vista que quando trabalha-se com o mínimo, o organismo não dispõe de reservas proteícas para a indispensável manutenção das  funções vitais necessárias à boa saúde.

Já em 1987 Shofer provou que um aporte proteíco alto pode aumentar a sobrevida de cães enfermos em até 75%.

kRONFELD também apresentou um quadro do que seria a Zona Ótima das necessidades Proteicas conforme abaixo:

 

 FASE                               PB/EM  Manutenção  ............................. até 65%  Crescimento, Reprodução .......... até 50%  Atividade / Stress  .....................  até 40%

QUADRO DE FUNÇÕES PROTÉICAS

 

 · SÍNTESE DE OUTRAS PROTEÍNAS E SUBSTÂNCIAS CELULARES · PROMOVER CRESCIMENTO EFICIENTE E MANUTENÇÃO DO CORPO · PARTICIPAR DOS MECANISMOS DE DESINTOXICAÇÃOAS PROTEÍNAS QUANDO  INGERIDAS PELOS CÃES E GATOS   · SÍNTESE DOS ÁCIDOS NUCLEICOS (DNA / RNA) PARA TRANSMISSÃO DE CARACTERES HEREDITÁRIOSCONTRIBUEM PARA: · ATIVAR E FAZER MANUTENÇÃO DO SISTEMA RETÍCULO ENDOTELIAL (SISTEMA IMUNOLÓGICO) · REGULAR  A TROCA HÍDRICA ENTRE TECIDOS E PLASMA  · TRANSPORTAR OUTROS NUTRIENTESQuando os animais precisam  de mais proteínas ?

 

                                                                                              ·           Quando fizer treinamentos intensivos ( Musculação, Natação, Agility, etc. )

                                                                                              ·           Quando se alimentar com ração industrializada (de baixo valor biológico **)

                                                                                              ·           Quando  a temperatura ambiente for alta

                                                                                    ·         Padreadores quando forem acasalar

                                                                                              ·           Quando estiver em gestação  (necessidade proteíca x2)

                       • Quando estiver amamentando (necessidade protéica x3)

                                                                                              ·           Quando for filhote (maior necessidade de retenção de Nitrogênio)

                                                                                              ·           Quando for obeso *                                                                                                                                                                                                                                                                            

                       (* com redução de carboidratos, gordura saturada e aumento de fibras e água. )

                       (** que contenham proteínas de origem vegetal)